sexta-feira, 24 de junho de 2011


De tudo um pouco

Recentemente me falaram do jovem Matias de Stefano e aconselharam-me a procurar seus vídeos no You Tube.

Encontrei o vídeo abaixo com mais de uma hora de duração. Solicito que você se dê um tempo e assista ao vídeo antes de continuar a leitura que segue. Pode continuar sem assisti-lo, mas poderão faltar peças para entender o que quero dizer.

Em primeiro lugar é preciso dizer que o leigo pode se impressionar com as informações passadas, acatando-as sem uma analise mais profunda, ou simplesmente descartando-as, classificando-as como besteirol esotérico.

Nem tanto o céu nem tanto a terra. Vamos examinar um pouco.

Matias de Stefano alega ser um recordador, que desde a infância tem lembranças espontâneas de suas vidas passadas e dos períodos entre-vidas, acessando inclusive os ditos arquivos akashicos. Diante desta faculdade (que a princípio quase o enlouqueceu) propõe-se a propagar o que lembra, tentando explicar as questões básicas dos seres humanos (quem somos nós, de onde viemos, pra onde vamos, etc.).

O fenômeno em si, de rememorar situações de outras vidas, ainda é bastante controverso. Há diferentes perspectivas que incluem até alucinações induzidas. Para conhecer este fenômeno, especificamente, recomendo os filmes “Minha vida na outra vida” e “Manika, a menina que nacseu duas vezes”.

O discurso de Stefano não é nada novo para aqueles que se dedicaram a algum estudo dos “mistérios”. O problema é que em cerca de uma hora, o vídeo aborda tantos assuntos, de forma tão superficial, que quase vira uma salada.

Fala-se por exemplo numa tentativa de unir ciência e religião. A coisa é polemica demais e demandaria vários artigos. Na intenção de não ser leviano prefiro, por hora, apenas recomendar os filmes “Quem somos nós” e o díptico “Quem somos nós – Pela toca do coelho”.

Outro assunto que classifico na onda da panacéia esotérica é o das “crianças índigo”. Para mim uma teoria quaquaquá, xarope, usada também de forma leviana por muita gente, incluindo famílias negligentes.

As “origens das almas” e outros assuntos por ele abordados, já são muito próximos do plano das crenças. Muitas filosofias e ordens espiritualistas assuntaram sobre isso antes, de forma muito mais organizada.

Mas há pontos em que encontro coerência no discurso do rapaz, apesar de não encontrar novidades. Falo da necessidade de uma nova pedagogia. Vivemos nos últimos cinqüenta anos tantas mudanças que não há cabimento em manter um paradigma de ensino ultrapassado, baseado ainda em salas de aula, lousas, giz e professores. E percebo que nosso filosofo e educador Rubem Alves trata lindamente do assunto na companhia do provocador no vídeo abaixo:

Ao mesmo tempo, fico indignado com o caminho a percorrer para se atingir uma nova educação, ao ver o plano atual:

(Faz tempo que eu queria fazer algum comentário sobre essa corajosa professora).

Continuando, Stefano vem trabalhando numa proposta de uma nova educação, que me parece bastante louvável.

Também vejo coerência na sua analogia da humanidade com as árvores, mas novamente, não vejo novidade.

A árvore vem sendo usada há muito tempo para essa simbologia de conexão, que remete também aos milenares trigramas chineses do I ching, em que se vê o ser humano na intersecção entre as forças da terra e do céu.

Assim como não seria coincidência o uso da árvore como insígnia do “Colegiado dos Filhos da Luz”


Um comentário:

Felipe S. Quartero disse...

Ótimo post! Muito pertinente. Adorei o vídeo do Rubem Alves, falta ver o do Matias. Belo fundo também hein Renato, gostei! Grande abraço!