sábado, 28 de agosto de 2010

Parla!!!


Aí vão algumas imagens da palestra na USF – Itatiba.


Fui muito bem recebido pela equipe docente e pela comissão organizadora. Fui tratado qual um rei. Quanto aos alunos, apesar da aparente timidez, acredito que algumas sementes foram plantadas. Se bem cuidadas, com certeza darão frutos.


Foi uma grande alegria partilhar do meu trabalho. É um tipo de reconhecimento que me faz perceber que estou trilhando o caminho certo, o que mais me alegra.

Mais uma vez agradeço imensamente a oportunidade. Pra quem perdeu, aguarde as próximas!!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O verdadeiro Avatar

Pra quem não sabe, recentemente estreiou “O último mestre do ar” (The last Airbender), título adotado para a adaptação da série animada originalmente batizada de Avatar: the last airbender.

Fiz questão de assisti-lo na companhia de um amigo que não tinha conhecimento da série (o Ponêis), exatamente para testar a eficiência da adaptação.
Meu amigo gostou muito e afirma ter entendido bem a estória, enaltecendo a boa mistura de filosofia oriental, artes marciais e fantasia.

Li a crítica de Luiz Zanin Oricchio no Estadão de sexta passada. Hoje, li a crítica, pouco mais favorável, do Luiz Carlos Merten. Ambos carecem de maior contextualização para seus textos.

Há muito que abordar sobre o filme mas vamos começar falando de seu diretor: M. Night Shyamalan. O cara é bom e não precisa fazer mais filmes para provar isso. Ficou conhecido do grande público com O Sexto Sentido, estourou na bilheteria e criou grande expectativa diante da crítica. A partir de então todos seus filmes seguintes foram taxados de pretensiosos e menores pela maioria dos críticos.
Eu sou suspeito para falar. Gosto muito do trabalho do cara. Tenho predileção pelos primeiros. O que mais venero é Corpo Fechado. Percebo alguns equívocos em suas produções e me parece que ele erra mais quando tenta corresponder às expectativas do público e da crítica. Fim dos tempos (The happening) é seu maior equívoco.

Night costuma acumular funções de roteirista, diretor e produtor. Em termos cinematográficos isso tende a garantir maior independência e autonomia para o autor.

Em The Last Airbender percebo alguns equívocos. Começando pelo excesso de narração, comumente usado para aglutinar conteúdo quando falta tempo. George Lucas já mostrou, nas suas mais recentes produções, que, se não for bem usado, o excesso de texto só complica a vida do expectador. Na série animada a primeira parte do compendio foi dividida em cerca de 20 episódios. Entendo que é difícil aglutinar tudo isso em menos de duas horas, mas trata-se de uma adaptação. Por que tentar ser literal ? A insistência em explicar certas cenas omitidas ao público através da narração da personagem Katara pode acabar por deixar-nos meio perdidos ou entediados. Outra frustração é o excesso de cor. Talvez na tentativa de adequar a produção para o público infantil Night deixou de lado a escuridão e os tons sombrios que deixariam a estória muito mais intrigante. Durante toda a primeira parte da série animada, o senhor do fogo é exibido entre a penumbra e uma cortina de chamas, dando-lhe aspecto muito mais assustador. No filme ele é exibido de cara limpa, sem mistério.

Apesar de conseguir manter alguns elementos fortes da série e de fazer bom uso dos recursos gráficos (o Apa ficou super fofo) o filme perde em elementos que costumavam ser melhor explorados pelo diretor em outras produções, como a fotografia e a narrativa. Night já trabalhou explorando formidavelmente seus atores mirins. Em The Last Airbender são bons, mas nem tanto. Parece-me que a atriz Nicola Peltz foi uma má escolha para uma personagem forte como Katara. Já protagonista e antagonista (Aang e Zuko) me transmitiram maior domínio na expressão da angustia de seus personagens.

A série animada foi dividida em três “livros”: Agua, Terra e Fogo. Apesar dos protestos dos fãs nunca existiu a 4ª temporada: Ar.
Assim, trata-se de uma trilogia. Até onde eu sabia, os 3 episódios forma rodados em concomitância. Gostaria que o diretor trata-se a série com mais maturidade, mas temo que isso não vá acontecer.

Falando da série animada, foi o que de melhor surgiu na TV nos últimos tempos. Apesar dos elementos orientais, não é um anime. É uma produção norte-americana muito bem conduzida, recheada de elementos fantásticos, filosofia, ação e bom humor. Um desenho de conteúdo que não trata o expectador infantil como imaturo. É uma série que amo.

Sinto pela fraca adaptação e posso afirmar que é minha primeira decepção com um diretor que também adoro.
Mas tem sido essa a sina de Hollywood: pasteurizar conteúdos e tornar superficial o que era profundo. Uma pena que M. Night Shyamalan tenha também por aí se enveredado.

Para quem que saber mais sobre o verdadeiro Avatar, indico o site Mundo Avatar.

Para dar uma noção da profundidade da série, vejam este trecho do livro 2, Terra:


E por hora, que queime no inferno o cara que teve a idéia de refilmar Karatê Kid. Senhor Miage forever!!!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Semana da Psicologia


É com muito prazer que anuncio minha participação como palestrante na Semana da Psicologia da Universidade São Francisco - Campus Itatiba.

Estarei lá nesta sexta-feira, 27 de agosto, as 8h00, apresentando o tema "Contribuições da Psicologia para a produção cinematográfica".

Maiores detalhes no site da USF.

Até lá!