quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Viva Juno!

Um bom filme. Despretensioso, simples, com cara de independente. No final, menos é mais.
Confesso que o estilo do filme me lembrou muito Napoleão Dinamite, uma boa produção da MTV. Personagens não-convencionais, orgânicos, nada de Barbies e Kens.
A sinopse é simples. Uma jovem adolescente engravida do melhor amigo e resolve dar seu filho para adoção.
Mas a forma como isso é contado e o modo como a personagem principal nos é apresentada é muito divertida e emocionante.
Juno, muito bem interpretada por Ellen Page, é uma jovem diferente. Como eu li em algum lugar, é a amiga que todo garoto gostaria de ter.
Mas ela representa algo além: um novo tipo de mulher. Alias, as mulheres do filme são todas marcantes, fortes e independentes em vários sentidos. Enquanto os homens são meninos imaturos, a exceção talvez do pai de Juno (J. K. Simmons).
Juno é fruto de uma geração bombardeada pela mídia mas que ainda assim sabe o que quer. Vemos isso pelo seu jeito espontâneo, sua personalidade forte, decidida, desembaraçada. E pelo gosto musical.
O filme tem uma excelente trilha sonora.

Talvez o filme mostre a gravidez na adolescência como algo muito fácil. Mas por que tornar isso um drama?

Realmente, a exótica Diablo Cody, roteirista ganhadora do Oscar, fez por merecer. Não me parece o roteiro mais original do ano, mas é muito bom. Tomara que o prêmio não eleve tanto nossas expectativas para que os próximos trabalhos dela não nos decepcionem.

Recomendo Juno para jovens casais. E para todos que gostem de coisas diferentes.
O filme é muito bom.